Destaques do edital de lançamento, em 1902:
"É de praxe que um jornal que se apresenta desfile perante o leitor boquiaberto um rosario de promessas a que se chama pomposamente – o programma. Iconoclasta de nascença, o Malho começa por atacar e destruir a praxe: não tem programma. Ou, mais exactamente, tem todos, como o seu nome bem o indica: elle é o Malho; tudo que passar a seu alcance será a bigorna.
(...) Em materia de abnegação, porém, não ha ninguém que nos exceda e, jà que nos mettemos nisso, iremos até o fim: faremos esta salutar reforma de costumes e numa quadra em que todos choram pitangas, estalaremos o riso são, o riso honesto, o riso próprio do homem, sem reclamarmos siquer do Sr. Campos Salles que se sujeite a apanhar mais três dúzias de descomposturas por cumprir o seu elementar dever de condecorar nos!
(...) Os senhores nunca imaginarão o que nos custou de sacrificios de todo o genero, de noites mal dormidas e de jantares mal digeridos esta gloriosa concepção! Mas que querem? – o patriotismo é isso mesmo: - ahi lhe damos esta maravilha por... uns miseraveis duzentos réis." Ainda que focada principalmente na vida política do país, a cultura e crítica de costumes sempre estiveram ali presentes, tanto nas charges como em artigos escritos por Olavo Bilac, Pedro e Emílio de Rabelo, Arthur Azevedo, Álvaro Moreyra e outros mais.
Em 1930,
O malho combateu a Aliança Liberal de Getúlio Vargas, e com a posterior vitória da revolução Getulista, acabou tendo sua sede incendiada. A revista reaparece de 1935 a 1954, quando sai o último número, como revista de noticias e literária.